Disfunção Temporomandibular
A disfunção temporomandibular (DTM) acomete os músculos da mastigação, a articulação temporomandibular (ATM) e as estruturas relacionadas, alterando a realização de funções essenciais como mastigar alimentos e falar adequadamente.
Além do quadro álgico de longa duração, os pacientes podem apresentar sintomas diversificados como fadiga, dor de cabeça, sensibilidade na musculatura mastigatória, ruídos e limitação de movimento, que dificultam o diagnóstico e tratamento.
Ocorre em todas as faixas etárias, principalmente entre 20 e 45 anos. Entre 15 e 40 anos a causa mais freqüente é a miogênica (origem muscular).
A causa da DTM é complexa e envolve muitos fatores predisponentes: má oclusão, má postura, trauma, aceleração ou desaceleração cervical, frouxidão ligamentar, estresse emocional, hábitos parafuncionais (morder canetas/lápis, mascar chicletes), parafunções (bruxismo e apertamento) entre outros.
Uma das causas de desordem da ATM é a má postura, pois a coluna cervical, a cintura escapular, a ATM e as articulações entre os dentes são intimamente relacionadas. Com isso uma anormalidade funcional ou má posição de uma delas pode afetar a função ou a posição das outras. Uma alteração postural comum é a anteriorização da cabeça, que leva a um deslizamento desta sobre o pescoço quando o paciente corrige sua postura para as necessidades visuais. Esses fatores podem causar dor e disfunção da cabeça e do pescoço, pois a postura incorreta também pode causar hiperatividade dos músculos mastigatórios.
O tratamento fisioterapêutico proporciona o alivio da sintomatologia e busca restabelecer a função normal do aparelho mastigatório e da postura.
A fisioterapia utiliza os exercícios terapêuticos (cinesioterapia), as massagens e as pompages para a recuperação do movimento e da função da ATM livres de sintomas, associados à Pilates e treinamento funcional para o tratamento das consequências posturais da DTM.